Custo e habilidades culinárias:
obstáculos para uma alimentação saudável
obstáculos para uma alimentação saudável
Em nosso primeiro post sobre o capítulo 5 do Guia Alimentar falamos um pouco sobre a compreensão e a superação de obstáculos para uma alimentação saudável. Vamos explorar um pouco mais sobre eles?
No post anterior falamos sobre os primeiros obstáculos: informação e oferta. Neste post falaremos sobre mais dois fatores que o Guia Alimentar aborda como obstáculos.
3. CUSTO
Embora legumes, verduras e frutas possam ter preço superior ao de alguns alimentos ultraprocessados, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados ainda é menor no Brasil do que o custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados (BRASIL, 2014).
De acordo com o Guia (Brasil, 2014), “é comum a impressão de que a alimentação saudável é necessariamente muito cara e, ainda mais importante, muito mais cara do que a alimentação não saudável”. O alto preço de alimentos ultraprocessados “enriquecidos” com vitaminas e outros nutrientes ou comercializados como ideais para quem quer emagrecer, faz muitas pessoas acreditarem nisso.
O que podemos fazer?
Prefira variedades de legumes, verduras e frutas, que estão na safra da estação, pois essas sempre terão menor preço e você conseguirá economizar nas compras!
Para também reduzir os custos, você pode comprar os alimentos in natura em locais como os “sacolões ou “varejões”, pois geralmente são onde há menos intermediários entre o agricultor e o consumidor final.
Ainda melhor é comprar diretamente dos produtores, seja em feiras, seja por meio de grupos coletivos de compras, havendo maior oferta e acessibilidade de variedades orgânicas.
Levar comida de casa para o trabalho ou comer em restaurantes que oferecem comida a quilo pode reduzir o custo com refeições e você ainda não abre mão de alimentos in natura ou minimamente processados.
4 – HABILIDADES CULINÁRIAS
O enfraquecimento da transmissão de habilidades culinárias entre gerações favorece o consumo de alimentos ultraprocessados (BRASIL, 2014).
Habilidades Culinárias são as habilidades envolvidas com a seleção, organização, pré-preparo, tempero, cozimento, combinação e apresentação dos alimentos.
Independentemente de seus determinantes, o processo de perda progressiva de habilidades culinárias implica que as preparações baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados podem se tornar cada vez menos atraentes.
Nesse sentido, contrastam com os alimentos ultraprocessados, cada vez mais “irresistíveis” em função dos avanços tecnológicos que oferecem à indústria possibilidades praticamente infinitas de manipulação do gosto, aroma, textura e aparência dos produtos.
Como podemos lidar com este obstáculo?
Se você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e partilhá-las com as pessoas com quem você convive, principalmente com crianças e jovens, sem distinção de gênero.
Se você não tem habilidades culinárias, e isso vale para homens e mulheres, procure adquiri-las. Para isso, converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros, consulte a internet, eventualmente faça cursos e… comece a cozinhar!
Como todas as habilidades, a habilidade no preparo de alimentos melhora quando é praticada. Você vai se surpreender com os progressos que pode fazer em pouco tempo e com o prazer que o preparo de alimentos pode acrescentar à sua vida. Sempre que possível, cozinhe em companhia. O prazer compartilhado é redobrado.
Mesmo que você não tenha muitas oportunidades de exercer suas habilidades culinárias, valorize o ato de cozinhar e estimule as pessoas à sua volta a fazê-lo, em particular os mais jovens.
Todo o conteúdo desta postagem foi retirado do Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, publicado pelo Ministério da Saúde.
Você pode acessar o Guia aqui no nosso site, clicando aqui