Informação e oferta: obstáculos para uma alimentação saudável


Em nosso post anterior falamos um pouco sobre a compreensão e a superação de obstáculos para uma alimentação saudável. Vamos explorar um pouco mais sobre eles?

Neste post falaremos sobre dois, dos seis fatores que o Guia Alimentar aborda como obstáculos.

1. INFORMAÇÃO

"Há muitas informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis (BRASIL, 2014)."

Se você procura informações sobre alimentação saudável, tenha o Guia Alimentar Para a População Brasileira como referência. Ele é uma fonte confiável de informações e recomendações sobre alimentação adequada e saudável.

Por que?

Ele foi desenvolvido a partir dos conhecimentos mais recentes produzidos pelas várias disciplinas científicas do campo da alimentação e nutrição, baseados em estudos populacionais representativos de toda a população brasileira.

Além disso, ele conta com saberes valiosos contidos em padrões tradicionais de alimentação desenvolvidos, aperfeiçoados e transmitidos ao longo de gerações.

O que podemos fazer?

2. OFERTA

Alimentos ultraprocessados são encontrados em toda parte, sempre acompanhados de muita propaganda, descontos e promoções, enquanto alimentos in natura ou minimamente processados nem sempre são comercializados em locais próximos às casas das pessoas (BRASIL, 2014)."

A oferta impacta diretamente na disponibilidade de alimentos perecíveis, como frutas, verduras e legumes nas casas das pessoas.

A distância aumenta o intervalo de tempo em que as compras de alimentos são realizadas, contribuindo também com a disponibilidade dos alimentos in natura ou minimamente processados, que em supermercados acabam dividindo espaço (grande desvantagem) com uma infinidade de alimentos ultraprocessados, todos sempre acompanhados de muita propaganda e promoções (que mais para frente também abordaremos aqui!).

Mas então como superar esse desafio?

  • Evite fazer compras de alimentos em locais onde apenas são comercializados alimentos ultraprocessados e/ou leve uma lista de compras para te auxiliar a manter o foco nos alimentos que você se programou para comprar.

  • Evite comer em redes de fast-food. Se você come fora de casa, excelentes alternativas são locais que oferecem grande variedade de preparações culinárias e feitas na hora.

  • Se você faz suas refeições no trabalho ou em outro local fora, levar comida feita em casa é uma boa opção!

  • Sempre que possível, faça ao menos parte das suas compras de alimentos em mercados, feiras livres, feiras de produtores, “sacolões” ou “varejões”. Pois são nesses locais onde são comercializados alimentos in natura ou minimamente processados, incluindo os orgânicos e de base agroecológica.

  • Grupos de compras coletivas formados com outras pessoas, podem ser uma boa opção para a compra de alimentos orgânicos da agricultura de base agroecológica. Além de consumir esses alimentos, você ainda estará contribuindo para a sobrevivência e expansão deste setor da economia.

  • Quer aumentar o consumo de orgânicos e ainda ter uma hortinha em casa? O cultivo doméstico de alimentos orgânicos é uma opção, pois você obtém seus alimentos in natura a um baixo custo.

  • Uma outra dica do Guia também é que você e sua comunidade proponha às autoridades municipais a instalação de equipamentos públicos que comercializem alimentos in natura ou minimamente processados a preços acessíveis e a criação de “restaurantes populares” e de “cozinhas comunitárias”.

  • Essas políticas públicas estimulam a produção orgânica de alimentos em áreas ociosas das cidades e do seu entorno, além de também ser possível o cultivo de árvores frutíferas, que são uma opção para aumentar o acesso das pessoas a alimentos saudáveis.

Gostou das dicas? Acompanhe os próximos posts sobre os outros obstáculos!

Todo o conteúdo desta postagem foi retirado do Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, publicado pelo Ministério da Saúde.

Você pode acessar o Guia aqui no nosso site, clicando aqui